Fonte: Gazeta do Povo
Associar o consumo de ovo a um aumento do colesterol é um mito que vem sendo discutido há anos – e rebatido por especialistas. Se formos dividir a responsabilidade do aumento do colesterol no organismo, 70% vem da produção do próprio fígado e somente 30% vem da alimentação. Por isso, o ovo não pode ser considerado um vilão.
Quando o fígado produz o colesterol além do necessário (e o colesterol é essencial para garantir a produção das membranas celulares e de hormônios como estrogênio e testosterona), cabe à pessoa manter o equilíbrio, compensando na dieta. Com isso, sugere-se o aumento no consumo de alimentos antioxidantes.
Nada implica, no entanto, na exclusão de todo ovo da dieta. De acordo com informações de Carina Plocharski, nutricionista da Paraná Clínicas, o ovo possui gordura saturada em sua composição, mas em uma quantidade pequena, que não interferiria de forma significativa no aumento do colesterol considerado ruim, o tal LDL.
“Ainda não há consenso sobre quantos ovos podemos comer por dia. O ideal é sempre a moderação, pois qualquer alimento em excesso pode fazer mal à saúde. Eu indico sempre que até dois ovos inteiros, por dia, não trazem problemas”, reforça a nutricionista.
Na hora de preparar o ovo, tenha em mente que todas as formas são ótimas – exceto o ovo frito. “Quando fritamos qualquer tipo de alimento, esse absorve a gordura da fritura, ficando muito mais calórico”, explica Plocharski.
Confira abaixo alguns dos benefícios de incluir o ovo na rotina alimentar:
- Além da proteína de origem animal, o ovo é rico em zinco, ferro, selênio, vitamina D e colina;
- O ovo tem cerca de 75kcal por unidade e o custo é considerado baixo;
- Comer ovos, especialmente depois de uma prática de exercício físico, contribui no ganho de massa muscular, pois o ovo possui leucina, um dos aminoácidos responsáveis pelo desenvolvimento da musculatura.
Quer diminuir o colesterol? Abandone os seguintes alimentos:
Se for optar por excluir alimentos da dieta com o objetivo de controlar o colesterol, comece pelos seguintes itens:
1. Frituras
Salgados, batata frita e pastéis oferecem grande risco à saúde, mesmo se for utilizado óleo vegetal. Isso porque a alta temperatura faz com que o alimento sofra reações químicas e perca todos os possíveis benefícios. Ou seja, o ideal mesmo é apostar nos alimentos assados, cozidos ou grelhados.
2. Margarina e produtos derivados
O problema da margarina e de tudo que a usa como base (alguns tipos de pães, bolachas e sorvetes, por exemplo) é a gordura trans, uma das maiores causas no aumento do LDL, o colesterol ruim.
3. Queijos amarelos
Queijos amarelos, como a muçarela, parmesão, cheddar e outros que utilizam leite integral como principal ingrediente, são uma grande fonte de gordura saturada. Juntamente com a gordura trans, estão entre as grandes causas de crescimento na taxa de LDL no corpo. Considere substituir esses queijos por outros brancos e light.
4. Carnes gordas
Carne vermelha e até mesmo um ou outro corte de carne branca (no caso, a pele do frango) podem ser nocivos devido à quantidade de gordura saturada. Pernil, bacon, costela, salsicha, salame, mortadela e outros devem ser evitados quando possível, mas, ao ser preparado qualquer tipo de carne, é importante remover a gordura visível e, no caso de aves, a pele. Isso evitará que a gordura penetre na carne durante o preparo e diminuirá os riscos. Também é válido evitar a fritura e dar preferência às carnes assadas, cozidas ou grelhadas.