A pressão arterial é a medida indireta da força que o sangue exerce contra as paredes das artérias para conseguir circular pelo nosso corpo.
Durante a contração do miocárdio (sístole) o sangue é expulso de dentro do coração com força e esse efeito faz com que a pressão na parede arterial atinja o seu valor máximo (pressão máxima ou sistólica).
Quando o coração relaxa (diástole), permite que o sangue volte a encher suas cavidades, a ponto que a força nas paredes das artérias caia até atingirem seus valores mínimos (pressão mínima ou diastólica).
A hipotensão arterial
A hipotensão arterial ou popularmente conhecida como pressão baixa ocorre quando uma pessoa atinge níveis pressóricos menores que 90mmHg em seu componente sistólico e 60mmHg do componente diastólico, assim sendo, menor que 9 por 6.
Vale ressaltar que pessoas saudáveis podem ter níveis baixos a esse ponto sem manifestar os sinais negativos da hipotensão arterial.
A queda de pressão arterial pode ser secundária a diversas causas, sendo a principal delas a desidratação. Porém, a hipotensão também pode ter outras etiologias que envolvem o uso inadequado de medicamentos, gravidez, hemorragias, infarto agudo do miocárdico, insuficiência cardíaca, embolia pulmonar, infecções graves, doenças neuroendócrinas, reações alérgicas graves, entre outras.
Sintomas da hipotensão (pressão baixa)
É comum pessoas que sofrem desse problema apresentarem alguns sintomas associados como tontura, fraqueza, sonolência, visão turva, confusão mental, mal estar, suor excessivo e desmaios, principalmente em locais muitos quentes e fechados, com baixa circulação de ar.
Se esses sintomas se apresentarem com frequência, a pessoa deverá procurar um médico para avaliação complementar.
Quedas de pressão arterial também podem ocorrer quando a pessoa se levanta rapidamente depois de muito tempo deitada, agachada ou sentada, em decorrência de um déficit momentâneo na irrigação do cérebro por causa do retorno venoso mais lento.
Nesse caso, elas recebem o nome específico de hipotensão postural ou ortostática. Esses quadros são mais frequentes nos idosos tratados com medicações anti-hipertensivas ou nos portadores de diabetes.
Tratamento da hipotensão
Na avaliação médica, a anamnese (coleta da história clínica) e o exame físico são os dados mais importantes na avaliação inicial, porém exames complementares podem ser necessários para respaldar o diagnóstico, conforme indicação e hipótese formulada pelo médico clínico.
O tratamento da hipotensão arterial é determinado pelas características, gravidade e causas dos sintomas.
Na ausência deles, em geral as pessoas saudáveis com pressão baixa não necessitam de nenhum tipo de intervenção terapêutica. No entanto, quando a hipotensão é determinada por uma doença de base, o objetivo do tratamento deve ser reverter, atenuar ou corrigir esse distúrbio.
Nos casos de queda brusca de pressão arterial, as seguintes medidas podem ajudar a controlar a crise:
1) A pessoa deve deitar-se numa posição confortável e, se possível, com os pés mais elevados do que o coração e a cabeça;
2) Deve ingerir bastante líquido para aumentar o volume do fluxo sanguíneo, mas em pequenos goles;
3) No entanto, se os sintomas persistirem por mais de 15 minutos, a pessoa deve ser encaminhada para atendimento médico de urgência sem demora.
Como evitar a hipotensão arterial
Para evitar hipotensão arterial, a pessoa deve:
1) Levantar-se com cuidado. Se estiver deitado/a, sente-se primeiro na cama e permaneça nessa posição por alguns minutos antes de ficar em pé;
2) Beba bastante líquido para evitar a desidratação e a hipovolemia;
3) Verifique se os medicamentos que está usando têm algum tipo de ação sobre pressão arterial, tomando-os de modo correto conforme orientação médica;
4) Pratique exercícios físicos regularmente: eles têm ação benéfica sobre a circulação sanguínea e a pressão arterial;
5) Evite permanecer por longos períodos em ambientes muito quentes;
6) Procure um médico para avaliação clínica se as crises de hipotensão se repetirem. A pressão baixa pode ser sinal de algumas doenças que precisam ser investigadas e tratadas.
Fonte: Dr. Luziel Andrei Kirchner – CRM: 28311